7 Exemplos de Carta aberta

A Carta aberta corresponde a um importante gênero textual, visto que através dela podemos contatar determinada pessoa ou grupo para que seja possível realizar um pedido, questionamento ou apenas enviar um informe.

Além disso, seu conteúdo se torna acessível também a outras pessoas, o que pode impulsionar aquilo que é dito. Para entender melhor sobre e ainda conferir 7 exemplos de carta aberta, siga conferindo o post abaixo:

O que é Carta aberta?

Esse modelo de Carta segue um padrão muito similar à cartas comuns com as quais podemos estar mais familiarizados, mas como diferencial tem como finalidade uma função social, voltando o seu conteúdo para algo que diz respeito não apenas a si.

Justamente por essa intenção ela é feita de forma aberta para que outras pessoas, além do destinatário, possa ter acesso ao conteúdo. Assim, é possível criar uma maior adesão a ideia expressada, bem como conscientizar sobre o assunto.

Regras para a Carta aberta

A Carta aberta é marcada por ser um texto de formato argumentativo e, portanto, segue alguns parâmetros de organização textual desse modelo. Exemplo disso é que deve possuir introdução, desenvolvimento e conclusão.

Para além disso, é preciso incluir também um título logo no começo da carta, bem como uma despedida formal ao seu final e espaço voltado para assinatura, onde o remetente se identifica de forma devida.

Mas antes mesmo de redigir esse modelo, se atente para o conteúdo dela, organizando o que deseja dizer e as razões para tanto.

7 Exemplos de Carta aberta

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Por meio desta carta, busco manifestar a minha insatisfação com a atenção dada hoje a saúde pública, visto que desde o início de seu mandato há um aumento considerável na fila do SUS para acesso à procedimentos importantes, bem como ao recebimento de medicações.

Diante disso, percebo um descaso quanto aqueles que o elegeram, visto que é inadmissível que o nosso pagamento de impostos não seja positivamente revestido para a comunidade, enquanto valores inexplicáveis são dados aos seus companheiros partidários sobre justificativas sem qualquer base.

Com isso, se faz urgente uma maior atenção ao impasse, tendo em vista que vidas se perdem enquanto o senhor não se compromete de forma devida com as urgências que lhes são emitidas.

Espero que, diante dessa insatisfação de cunho público, possa atender à presente solicitação.

Atenciosamente,
Ana Carolina.

Recife, 12 de Março de 2019.

Carta Aberta à População de Rio das Contas – BA

Enquantos agentes de saúde, temos percebido o aumento dos casos de Dengue no último trimestre, mesmo considerando as ações de conscientização feitas nas comunidades. Diante disso, é válido ressaltar a importância da participação social nesse sentido.

A Dengue é uma doença séria e que merece a devida atenção e colaboração de todos para que o caso não se agrave ainda mais, cuidando assim da saúde própria mas também de todos aqueles que estão a nossa volta.

Nesse sentido, esperamos contar com a ajuda de todos vocês nesse processo, atendendo às indicações feitas e tendo o cuidado correto com possíveis locais de proliferação do mosquito em suas respectivas propriedades.

Desejamos contar com o seu apoio nessa luta que é de todos.

Atenciosamente,
Agentes de saúde de Rio das Contas.

Rio das Contas, 7 de Julho de 2022.

Carta Aberta a Comunidade de Niterói

Tendo em vista os problemas de mobilidade urbana enfrentados hoje em nossa cidade, se faz fundamental o apontamento dessas problemáticas como forma de evidenciar a necessidade de solução para as mesmas.

Primeiramente, salientamos a necessidade de atenção por parte dos governantes aos serviços de transporte público, que não atendem aos horários programados, tampouco a qualidade devida de circulação.

Há ainda uma má manutenção no asfalto de vias principais, o que precisa ser revisto o quanto antes.

Espero que as informações repassadas contribuam para a devida solução.

Atenciosamente,
Marcos Paulo.

Niterói, 2 de Fevereiro de 2021.

Carta Aberta dos Dentistas

A Categoria Odontológica com o apoio das entidades de classe CRO/PR, ABO/PR, SOEPAR e SISMUC, vem por meio desta demonstrar a indignação dos profissionais Cirurgiões-Dentistas da rede municipal de Saúde de Curitiba sobre o pronunciamento do Poder Público Municipal no Teatro Guaíra na data de 24 de maio do corrente ano, tratando do plano de cargos e salários a determinadas categorias.

A exclusão dos Cirurgiões-Dentistas do quadro de contemplação salarial causou perplexidade, visto que a Odontologia é uma profissão de alta complexidade, com grande relevância social. O salário base atual do Cirurgião-Dentista da Prefeitura Municipal de Curitiba está equiparado ao de categorias de nível médio, sendo isto no mínimo um contrassenso.

Num período em que se percebem iniciativas pioneiras do governo federal de investimentos em saúde bucal de qualidade, que deve ampliar o acesso à saúde bucal para todos os brasileiros, entendendo sua importância como mais um fator de inclusão social, e qualidade de vida dos cidadãos, vem o município de Curitiba na contramão desta tendência, condenando a categoria Odontológica a uma condição de desvalorização.

O trabalho do Cirurgião-Dentista envolve entre outros aspectos um alto nível de estresse e de insalubridade, possíveis danos físicos ao longo do tempo, o embate direto com doenças infecto-contagiosas de alta prevalência e a imprevisibilidade das respostas biológicas frente a procedimentos terapêutico-cirúrgicos. Diante do exposto aguardamos posicionamento do Poder Público Municipal do motivo desta discriminação de nossa categoria. Aguardamos as devidas providências de reparo desta situação. A famosa Cidade Sorriso pode perder seu título!

Por: Ghilherme Carvalho

Carta Aberta à população pela valorização dos trabalhadores e trabalhadoras da Enfermagem

Nós, profissionais da Enfermagem do setor público e privado, juramos dedicar a vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e ética. Estamos ao lado da população nos momentos de dor e sofrimento, assegurando o cuidado e o bem-estar a todos e todas — inclusive nos tempos mais sombrios vividos durante a pandemia, quando precisamos enfrentar o colapso nas unidades de saúde.

Buscando nossa valorização profissional, lutamos e nos mobilizamos para conquistar o tão sonhado piso salarial. E, no dia 4 de agosto, foi finalmente aprovada a Lei 14.434/2022, que garante um piso salarial digno aos profissionais da área de Enfermagem. Mas, a alegria durou pouco.

Mesmo com o reconhecimento do nosso inestimável valor para a sociedade, fomos primeiramente atingidos por um veto do Presidente Bolsonaro, impedindo o reajuste anual do piso, que resulta em um piso defasado ao passar dos anos. Depois, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços entrou com uma ação questionando a constitucionalidade da Lei do Piso da categoria.

Hoje, a Enfermagem se une e pede a sua ajuda nessa luta! Vamos pressionar para que os Ministros do Supremo Tribunal Federal, façam valer a Lei, garantindo assim um piso salarial digno aos trabalhadores da enfermagem. A demanda é histórica e justa! Sabemos que com diálogo e respeito é possível chegar a uma rápida solução a isso.

Ajude-nos a conquistar a aplicação da Lei no Paraná e em todo o território nacional.

Ligue:
Ouvidoria do SUS – Curitiba: 0800 644 0041
Ouvidoria do SUS – Paraná: 0800 644 4414 ou 155
Ouvidoria da Saúde Governo Federal: 136
Fundo Nacional de Saúde: 0800 644 8001
Senado Federal: 0800 0 61 2211
Congresso Nacional: 0800 0 61 2211

Saudações fraternas,

Enfermagem.

CARTA ABERTA SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos, aponta pesquisa realizada pelo Instituto Avon em parceria com o Data Popular (nov/2014). A violência contra a mulher é fruto de uma evolução histórica, às vezes praticada por alguém do seu âmbito familiar, sendo um trágico quadro atual que ocorre na sociedade devido à falta de informação e a conceitos socioculturais ainda enraizados.

Vivemos em uma época em que as mulheres já obtiveram muitas conquistas, tendo conseguido proteções em garantia do seu gênero, proteções essas vindas de grandes batalhas para o combater e acabar com violência contra a mulher, dentre elas a lei Maria da Penha, que ganhou esse nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso.

Segundo essa lei, violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial (art. 5º). “A Justiça tem um papel importantíssimo, mas não dá conta de resolver um problema social sozinha”, diz a promotora Silvia Chakian, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID) do Ministério Público de São Paulo”. Segundo Silvia, sobre a lei Maria da Penha pesa uma bagagem cultural acumulada ao longo de vários séculos, predominantemente patriarcal e machista, que dá aos homens uma pretensão de autoridade sobre as mulheres.

Mesmo com todo o avanço do acesso à informação nos últimos anos, ainda existe uma desigualdade muito grande de gênero, e a mulher não conseguiu ainda conquistar o espaço desejado dentro da sociedade, devido ao machismo e patriarcado muito forte e que precisam ser combatidos E isso deve ser falado dentro das escolas, dentro das instituições de ensino e, principalmente, dentro da sociedade.

Para poder combater esse problema, temos que começar pela base da educação. Algumas crianças ainda são educadas de forma a reforçar estereótipos machistas e acabam, no futuro, tornando-se adultos também machistas. Não quero dizer que isso só deve ser aplicado em escolas, porque não faz parte só da escola a responsabilidade de formar o caráter das crianças, mas, principalmente, da família. A partir do momento em que, desde cedo, os pais começarem a educar seus filhos com o argumento de direitos iguais entre homem e mulher, a gente conseguirá combater isso com o tempo, já que é uma coisa que precisa ser feita a longo prazo. A curto prazo, a gente pode tomar outras medidas, inclusive a gente já tem algumas que são usadas, como a lei Maria da Penha.

A violência contra a mulher precisa acabar!

Mariana Dutra

Carta Aberta à Enfermagem Alagoana

Uma das maiores lutas do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL) é pela Valorização de auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros. Queremos que nos enxerguem como somos, profissionais de saúde que estão ao lado do paciente 24 horas por dia, durante os 7 dias da semana. Somos responsáveis pelo ato primordial que é o cuidar da vida humana, baseados em evidências científicas.

Sem nosso olhar atento, mãos cuidadoras e conhecimento técnico, não existe saúde. É a enfermagem o principal indicador de qualidade assistencial na saúde, nosso fazer reduz custos, diminui o tempo de internação hospitalar e o consumo de insumos.

É por isso, que, em nome dos mais de 27 mil profissionais de enfermagem de Alagoas, o Coren-AL demonstra sua indignação frente aos vencimentos propostos no Edital de Chamamento Público Emergencial Nº 01/2020 – SESAU/AL do Governo do Estado de Alagoas, para contratação emergencial de profissionais da saúde para o enfrentamento do Covid-19.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já declarou a pandemia provocada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), com gravíssimas implicações, principalmente, em relação aos profissionais de Enfermagem que se encontram na linha de frente de atendimento à população brasileira nas unidades de saúde de todo o país.

Não somos a maior força de trabalho da saúde à toa, nosso fazer é indispensável. Vale lembrar que além de profissionais expostos e com maior risco de adoecimento pela infecção do COVID-19, somos indivíduos como qualquer outro, temos família e responsabilidades.

Nosso compromisso social com o povo alagoano não nos fará abandonar o barco, mas em tempos de dificuldades pela pandemia, onde a enfermagem é fundamental para atravessarmos a imensa crise em que vivemos, nos sentimos desvalorizados diante de atitudes como essas, de ofertar salários muito inferiores aos de outras categorias, estando aquém da nossa missão de proteger e cuidar da vida dos que, muitas vezes, desconhecemos, colocando nossa vida e de nossa família em risco, em detrimento do outro.

Não estaremos indo pra linha de frente pelo salário de R$1.300 (um mil e trezentos reais) para técnicos de enfermagem e R$3.600 (três mil e seiscentos reais) para enfermeiros, por um trabalho temporário, sem nenhuma estabilidade, estaremos indo pra linha de frente porque temos responsabilidade e compromisso social, diferentemente de tantas outras profissões, nós estamos nos mantendo firmes e empenhados em salvar vidas.

Fica aqui, reiterada, indignação de toda Enfermagem Alagoana aos vencimentos propostos no Edital de Chamamento Público Emergencial Nº 01/2020 – SESAU do Governo de Alagoas.


2022.11.09